14.7.14

A casa de Áustria e os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico



Dinastia Filipina ou da Casa de Áustria dos Reis de Portugal – II PARTE
(II/II)



A casa de Áustria e os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico


Soberanos da «Germânia»

Reis francos e, ainda, Carlos Magno e Luís I, o Piedoso, reis dos Francos e imperadores do Ocidente.

Reino dos Francos (481-843), desde Clóvis I, rei dos Francos em 481-511, até à divisão do Império Carolíngio, com o Tratado de Verdun de 843.


Império Carolíngio (Dinastia Carolíngia), 800-840

A Dinastia Carolíngia governou os Francos entre os séculos VIII e X e surgiu dos descendentes de Carlos Martel e de Carlos Magno (neto do anterior). O primeiro rei dos Francos da dinastia foi Pepino, o Breve (751), a quem se seguiram vários reis e, a partir de Carlos Magno, também alguns imperadores do Ocidente, tendo o reino dos Francos sofrido diversas divisões.

A dinastia Carolíngia teve início em 751 e durou
até 887 em Itália, com Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente (foi rei da Alamânia em 876-882, rei de Itália em 879-887, imperador do Ocidente em 881-888, rei da Francia oriental em 882-887 e rei da Francia ocidental em 884-887), também
até 911 no reino oriental dos Francos, com Luís IV, o Menino (rei da Francia Oriental em 899/900-911) e, finalmente,
até 987 na Francia ocidental, com Luís V, o Indolente (reina em 986-987), último rei da dinastia Carolíngia.

Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente foi o último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado.

Em Itália, ainda seria rei Arnolfo da Caríntia (falecido em 899), monarca da dinastia Carolíngia, que foi margrave da Caríntia desde 876, rei da Francia oriental em 887-899, rei de Itália em 894-895 e 896-899 e, também, imperador do Ocidente em 896-899. Arnolfo da Caríntia foi filho ilegítimo de Carlomano da Baviera (e, portanto, bisneto de Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente) e, num tempo de anarquia feudal no reino (desde a morte do imperador Carlos, o Gordo e que durou até à conquista de Otão I, o Grande, sacro imperador romano-germânico), contestou a ocupação do trono italiano por Berengário I de Itália (primo direito do seu pai) e por Lamberto de Espoleto.


Imperadores carolíngios:

Carlos Magno, rei dos Francos desde 768 e Imperador do Ocidente em 800-814

Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente em 814-840 (filho de Carlos Magno)


Carlos Magno foi o primeiro imperador do Ocidente romano desde a queda do Império Romano ocidental (Rómulo Augusto, último imperador romano do Ocidente, foi deposto em 476, subsistindo só o império do Oriente). O rei cristão dos Francos foi coroado imperador no Natal de 800, em Roma, pelo Papa Leão III que, depositário do poder divino, legava ao imperador os assuntos temporais, numa tentativa de restauração do Império Romano do Ocidente, com a translação da tradição imperial, reatando simbolicamente a linhagem dos imperadores romanos ocidentais.

A divisão do Império Carolíngio:
Reino Franco Central (depois, Lotaríngia, Provença e Itália), com o imperador Lotário I (imperador do Ocidente em 840-855 e rei da Francia central em 843-855)

Francia ocidental, com Carlos II, o Calvo (rei da Francia ocidental em 840-877, imperador do Ocidente em 875-877)

Reino oriental dos Francos, com Luís II, o Germânico (rei da Francia oriental em 843-876).


Reino oriental dos Francos, 843-918/962

O reino oriental dos Francos surge após o Tratado de Verdun de 843 e a divisão do Império Carolíngio pelos três netos de Carlos Magno, nomeadamente, o imperador Lotário I, com o Reino Franco Central, Luís II, o Germânico (rei da Francia oriental) e, ainda, Carlos II, o Calvo, com a Francia ocidental (filhos do imperador Luís I, o Piedoso).

Luís II, o Germânico foi rei da Francia oriental em 843-876, Francia Orientalis, reino oriental dos Francos, que incluía a Suábia, Francónia, Baviera e Saxónia, e onde mais tarde surgiria o título de rei da Germânia, núcleo do futuro Sacro Império Romano-Germânico.


Imperadores francos do Ocidente (800-924):

Carlos Magno (Carlos I), rei dos Francos desde 768 e Imperador do Ocidente em 800-814

Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente em 814-840, filho de Carlos Magno e pai do imperador Lotário I, de Luís II, o Germânico e de Carlos II, o Calvo

Lotário I (falecido em 855), imperador do Ocidente desde 840 (com o pai, Luís I, desde 817) e rei da Francia central em 843-855 (após o Tratado de Verdun de 843 e a divisão do Império Carolíngio pelos três netos de Carlos Magno); depois da sua morte, o reino central dos Francos dividiu-se em três reinos, a Lotaríngia, o reino da Borgonha e de Arles (Arles, Provença) e, ainda, o reino de Itália (norte e centro da Itália)

Luís II de Itália, imperador em 855-875, rei de Itália desde 844 (filho de Lotário I)

Carlos II, o Calvo, rei da Francia ocidental em 840-877, imperador em 875-877 (meio-irmão do imperador Lotário I)

Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente (imperador de 881 a 888), filho mais novo de Luís II, o Germânico (rei da Francia oriental, que também foi pai de Carlomano da Baviera e de Luís, o Jovem) e neto do imperador Luís I, o Piedoso, foi o último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado (após a sua morte, o império divide-se em cinco reinos, Francia oriental, Francia ocidental, reino de Itália, reino da Alta Borgonha e reino da Aquitânia)

Guido III de Espoleto, rei de Itália em 889-894 e imperador do Ocidente em 891-894 (contestou o trono italiano com Berengário I de Itália)

Lamberto II de Espoleto, imperador do Ocidente em 892/894-898 e rei de Itália em 894-898, filho e sucessor de Guido III de Espoleto (contestou o trono italiano com Berengário I de Itália e Arnolfo da Caríntia)

Arnolfo da Caríntia (850-899), rei da dinastia Carolíngia da Francia oriental em 887-899, rei de Itália em 894-895 e 896-899 e, também, imperador do Ocidente de 896 a 899

Luís, o Cego, rei da Provença (em 887-928), rei de Itália (900-905) e imperador do Ocidente (em 901-905, Luís III), foi neto materno do imperador Luís II de Itália

Berengário I de Itália, rei de Itália em 888-924 (a ascensão do rei foi contestada por vários oponentes) e imperador do Ocidente em 915-924, margrave do Friul (Berengário do Friul), descendente da nobreza franca, foi o último imperador do Ocidente, seguindo-se a vacatura do título de imperador até Otão I, fundador do Sacro Império Romano-Germânico


Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente (último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado) e Arnolfo da Caríntia, rei da Francia oriental e de Itália e, também, imperador do Ocidente são os únicos reis da Francia oriental que foram imperadores.


Reis da Francia oriental:

Luís II, o Germânico, rei da Francia oriental em 843-876 (reino, depois, dividido pelos filhos, Carlomano da Baviera, Luís, o Jovem e, ainda, Carlos, o Gordo), foi filho do imperador do Ocidente, Luís I, o Piedoso

Luís, o Jovem, rei da Francia oriental (em parte) em 876-882 (depois de 880, incluindo a Lotaríngia), sobrinho de Carlos II, o Calvo,(que foi rei da Francia Ocidental em 840-877 e imperador do Ocidente em 875-877)

Carlomano da Baviera, rei da Baviera em 876-880 e rei de Itália em 877-879 (Carlomano da Baviera e Luís, o Jovem, filhos do rei Luís II, governaram, em parte, o reino oriental dos Francos)

Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente, foi rei da Alamânia em 876-882, rei de Itália em 879-887, imperador em 881-888, rei da Francia oriental em 882-887 e rei da Francia ocidental em 884-887, último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado, foi irmão e sucessor de Carlomano da Baviera e de Luís, o Jovem; seguiram-lhe, como imperadores, Guido III de Espoleto (em 891-894) e Lamberto II de Espoleto (em 892/894-898), reis de Itália e duques de Espoleto

Arnolfo da Caríntia, rei da Francia oriental em 887-899, rei de Itália em 894-895 e 896-899 e, também, imperador do Ocidente de 896 a 899. Arnolfo, margrave da Caríntia (em 876), foi filho ilegítimo de Carlomano da Baviera

Luís IV, o Menino (893-911; 18 anos de vida), último monarca carolíngio do reino oriental dos Francos em 899/900-911, filho do imperador Arnolfo da Caríntia

Conrado I da Germânia, duque da Francónia desde 906, de uma dinastia de condes e duques francos do século VIII e rei em 911-918 do reino oriental dos Francos, eleito pelos governantes dos ducados, ciosos do seu poder, para suceder ao rei Luís IV (pode-se considerar Conrado I o último rei da Francia oriental)


Reino da Germânia, 919-962

Reis:

Henrique I da Germânia, o primeiro da dinastia Otoniana de reis dos Germanos (e, depois, dos imperadores do Sacro Império), foi duque da Saxónia desde 912 e rei dos Germanos em 919-936, fundador do império alemão medieval (a ascensão ao trono foi contestada por Arnolfo da Baviera, duque da Baviera em 907-937, que foi derrotado por Henrique I, em 921)

Otão I, o Grande, rei desde 936 da Germânia (reino que subsistiu até 962, quando foi incorporado no Sacro Império Romano-Germânico) e sacro imperador romano-germânico em 962-973, considerado o fundador do Sacro Império (prossecutor do Império Carolíngio e do seu primeiro imperador, Carlos Magno)


Sacro Império Romano-Germânico, 962-1806

As tentativas posteriores de restaurar a antiga unidade carolíngia não tiveram êxito. Embora Carlos Magno tenha sido o primeiro imperador e ascendente dos imperadores seguintes, a linha contínua de imperadores só começou com Otão I, o Grande, quando voltou a ser coroado o imperador do Ocidente, em 962, podendo considerar-se que fundou o Sacro Império Romano-Germânico (962-1806), numa nova tentativa de restaurar o Império do Ocidente. O império foi uma união de vastos territórios sob a autoridade do imperador eleito. O último imperador do Sacro Império foi Francisco II de Áustria em 1792-1806, depois primeiro imperador da Áustria como Francisco I (1804-1835), que na sequência das Guerras Napoleónicas (1803-1815), após as vitórias de Napoleão I da França, teve de abdicar em 1806, dissolvendo-se o Sacro Império Romano-Germânico (com a renúncia ao título imperial).

Otão I, o Grande (912-973), foi duque da Saxónia. Com a morte do pai (Henrique I) foi coroado rei dos Germanos em Aquisgrano (Aquisgranum/ Aix-La-Chapelle/ Aachen), a capital imperial de Carlos Magno, em 936 segundo a tradição carolíngia. O Papa João XII reconhece o papel dominante de Otão e coroa-o como imperador do Ocidente, em 962, do Sacro Império Romano-Germânico.

Reis da Germânia e imperadores do Sacro Império Romano-Germânico, de Otão I, o Grande a Francisco II de Áustria.

Sacro Império Romano-Germânico (em latim, Sacrum Romanum Imperium e em alemão, Heiliges Römisches Reich, HRR), 962-1806 (Primeiro Reich).

Imperadores do Sacro Império:

Otão I, “o Grande” (reinado em 962-973)
Otão II (973-983)
Otão III (996-1002)
Henrique II (1014-1024)
Conrado II (1027-1039)
Henrique III (1046-1056)
Henrique IV (1084-1106)
Henrique V (1111-1125)
Lotário III (1133-1137)
Frederico I (1155-1190)
Henrique VI (1191-1197)
Otão IV (1209-1218)
Frederico II (1220-1250)
Interregno (1250-1273/1312)

Henrique VII (1312-1313)
Luís IV (1328-1347)
Carlos IV (1355-1378)
Segismundo (1433-1437)
Frederico III, da casa de Áustria (a partir de 1452)


No Sacro Império Romano-Germânico de 1250 (morte de Frederico II) a 1312 (com Henrique VII) não foram coroados imperadores (62 anos), como consequência de diversas disputas pela posse da coroa imperial (formalmente, um título electivo) – Interregno, 1250-1273/1312.

Entre 1250 e 1273 não foi unanimemente eleito nenhum rei na Germânia (até à eleição de Rodolfo I da Germânia, como “Rei dos Romanos”).

E entre 1273 e 1312, os reis na Germânia não foram coroados imperadores, detendo apenas o título de “Rei dos Romanos”.


Rei dos Romanos, na Germânia e a casa de Áustria

(reis dos Romanos…)

1273-1291: Rodolfo I da Germânia
Rodolfo I da Germânia, rei dos Romanos em 1273-1291 (rei da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico), conde de Habsburgo e duque da Áustria (obtém os ducados da Áustria e da Estíria)
Rodolfo I da Germânia foi eleito rei (governando a Germânia), mas não foi coroado imperador do Sacro Império Romano-Germânico e foi, ainda, o primeiro da casa de Áustria no Sacro Império como rei dos Romanos (dinastia de soberanos na Alemanha, como reis dos Romanos e imperadores do Sacro Império Romano-Germânico).

1292-1298: Adolfo da Germânia
Adolfo da Germânia (Adolfo de Nassau), rei dos Romanos em 1292-1298 (rei da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico) e conde de Nassau

1298-1308: Alberto I da Germânia
Alberto I da Germânia, rei dos Romanos em 1298-1308 (rei da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico), duque da Áustria, foi filho de Rodolfo I da Germânia

(Henrique VII, imperador do Sacro Império…)


Alberto, “o Sábio”, conde de Habsburgo
~
Rodolfo I da Germânia, rei dos Romanos, conde de Habsburgo e duque da Áustria, foi o primeiro rei da casa de Áustria (Habsburgo)
~
Alberto I da Germânia, rei dos Romanos, duque da Áustria



Rodolfo I da Germânia, Adolfo da Germânia e Alberto I da Germânia foram “reis dos Romanos” (reis da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico) de 1273 a 1308, sem serem coroados imperadores do Sacro Império.

Rodolfo I e Alberto I, pai e filho, são reis da casa de Áustria (ou de Habsburgo) e Adolfo da Germânia, rei da casa de Nassau.

Frederico III de Habsburgo, imperador do Sacro Império (em 1452-1493) e arquiduque da Áustria, foi trineto de Alberto I da Germânia.


Imperadores da casa de Áustria do Sacro Império

(Do imperador Otão I, o Grande, em 962-973, ao imperador Segismundo, em 1433-1437)

1452-1493: Frederico III de Habsburgo, arquiduque da Áustria, casado com a infanta D. Leonor de Portugal (filha de Duarte I), usou o lema simbólico esotérico «AEIOU»; no fim da Idade Média, Viena torna-se a sede da dinastia de Habsburgo, que aí estabelece residência e a corte imperial dos extensos territórios que governava (Frederico III de Áustria foi trineto de Alberto I da Germânia)

1508-1519: Maximiliano I de Habsburgo (imperador de facto desde a morte do pai em 1493 e com o título em 1508, no Sacro Império foi sucedido pelo neto Carlos V); filho do imperador Frederico III e da imperatriz Leonor de Portugal, casou com a herdeira da casa de Borgonha, Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha (sucedida pelo filho Filipe I de Castela, duque titular de Borgonha, da dinastia Habsburgo), filha de Carlos, o Temerário, duque de Borgonha (que era primo direito da imperatriz Leonor, ambos netos de João I, e soberano de um ducado que, no século XIV, se transformara numa das principais potências da Europa)

1520-1556/58: Carlos V de Áustria, rei de Espanha (Carlos I de Espanha), de Nápoles (até 1554), da Sicília e da Sardenha em 1516-1556 (sucedendo, com a mãe Joana I de Espanha, rainha até 1555, a Fernando II de Aragão, rei de Aragão e governador de Castela), duque titular de Borgonha (e soberano dos Países Baixos, as Dezassete Províncias, até 1555) em 1506-1556 (sucedendo ao pai Filipe I de Castela, com regentes até 1515), arquiduque soberano da Áustria e rei dos romanos em 1519 e, em 1520-1558, sacro imperador romano-germânico (Carlos V, sucedendo ao avô paterno, o imperador Maximiliano I) e ainda, em 1535-1540 anexa o ducado de Milão aos domínios do Sacro Império, casado com Isabel de Portugal (irmã de João III e filha de Manuel I), dividiu a casa de Habsburgo nas linhas dinásticas austríaca - para o irmão Fernando I - e espanhola - para o filho Filipe II de Espanha e I de Portugal

1558-1564: Fernando I de Habsburgo sucedeu ao irmão Carlos V em 1558 no Sacro Império (netos de Maximiliano I), arquiduque da Áustria desde 1521, igualmente, sucedeu ao cunhado Luís II da Boémia e Hungria (que reinou em 1516-1526) como rei da Hungria e Boémia em 1526-1564, rei da Croácia desde 1526/27, acarretando a inclusão das terras das coroas da Boémia e da Hungria às suas possessões hereditárias, casado com Ana da Boémia e Hungria (irmã do rei Luís II da Hungria)

1564-1576: Maximiliano II de Habsburgo (casado com a prima direita Maria de Áustria, filha de Carlos V e Isabel de Portugal e irmã de Filipe I de Portugal e II de Espanha e de Joana de Áustria, que foi mãe do rei Sebastião I de Portugal)

1576-1612: Rodolfo II de Habsburgo

1612-1619: Matias de Habsburgo (irmão e sucessor de Rodolfo II)

1619-1637: Fernando II de Habsburgo (filho de Carlos II de Estíria), arquiduque de Áustria e neto do imperador Fernando I (reunificou todos os territórios austríacos que tinham sido divididos pelos filhos de Fernando I)

1637-1657: Fernando III de Habsburgo (casado, em primeiras núpcias, com Maria Ana de Áustria, filha de Filipe II de Portugal e III de Espanha)

1658-1705: Leopoldo I de Habsburgo (casado, em primeiras núpcias, com Margarida Teresa de Áustria, filha de Filipe IV de Espanha e III de Portugal) sucedeu ao irmão, Fernando de Áustria (Fernando IV, rei dos romanos, também rei da Hungria, morre em 1654), como herdeiro do pai, o imperador Fernando III; foi rei da Hungria em 1655, rei da Boémia em 1656, arquiduque da Áustria em 1657 (também rei da Croácia-Eslavónia) e imperador do Sacro Império em 1658 (reunificou, definitivamente, todos os territórios austríacos que tinham sido divididos por Fernando II, na sequência da Guerra dos Trinta Anos), até à sua morte em 1705, e combateu a expansão francesa de Luís XIV e a expansão do Império Otomano, aumentando a sua própria esfera de influência


Leopoldo I de Áustria e Leonor Madalena de Neuburgo (terceira consorte, filha de Filipe Guilherme, duque e conde palatino do Palatinado-Neuburgo e Eleitor do Palatinado)
~
José I, sacro imperador romano-germânico, pai de Maria Josefa de Áustria e Maria Amália de Áustria
&
Maria Isabel de Áustria, arquiduquesa da Áustria e governadora dos Países Baixos
&
rainha Maria Ana de Áustria, consorte do primo direito João V de Portugal (sobrinha da rainha Maria Sofia de Neuburgo, consorte de Pedro II)
&
Carlos VI, sacro imperador romano-germânico, último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa, pai de Maria Teresa de Áustria e Maria Ana de Áustria

[Note-se que o ~ representa: filhos entre outros]


Filipe Guilherme, duque e conde palatino do Palatinado-Neuburgo e Eleitor do Palatinado (teve vasta descendência; membro da dinastia de Wittelsbach)
~
imperatriz Leonor Madalena de Neuburgo, terceira consorte do imperador Leopoldo I do Sacro Império
&
João Guilherme, Eleitor do Palatinado
&
Carlos III Filipe, Eleitor do Palatinado
&
rainha Maria Sofia de Neuburgo, segunda consorte de Pedro II de Portugal
&
rainha Maria Ana de Neuburgo, segunda consorte de Carlos II de Espanha
&
Doroteia Sofia de Neuburgo, consorte de Eduardo Farnésio, príncipe herdeiro de Parma (pais de Isabel Farnésio) e de Francisco Farnésio, duque de Parma; portanto, mãe de Isabel Farnésio, princesa de Parma (enteada e sobrinha do príncipe Francisco Farnésio, duque de Parma; herdeira do Ducado de Parma), rainha consorte de Filipe V de Espanha (segunda consorte e, ainda, mãe do rei Carlos III de Espanha)
&
Hedviges Isabel de Neuburgo, consorte de Jaime Luís Sobieski, o príncipe herdeiro do rei João III da Polónia.





A casa de Áustria em Espanha e no Sacro Império

(Clicar na imagem para ampliar)



1705-1711: José I de Habsburgo

1711-1740: Carlos VI de Habsburgo (irmão e sucessor de José I), pai de Maria Teresa de Áustria, que foi casada com Francisco I de Lorena


Leopoldo I de Áustria, imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1658-1705, foi casado em primeiras núpcias com a sobrinha (e prima direita materna), Margarida Teresa de Áustria, infanta de Espanha (filha de Filipe IV de Espanha e, também, irmã consanguínea de Carlos II de Espanha, último rei da dinastia de Habsburgo em Espanha, falecido em 1700 – Guerra da Sucessão Espanhola, 1701-1713/15), que foi mãe de Maria Antónia de Áustria, em segundas núpcias com Cláudia Felicidade de Áustria (também uma membro da Casa de Áustria) e, ainda, em terceiras núpcias com Leonor Madalena de Neuburgo (filha de Filipe Guilherme, duque e conde palatino do Palatinado-Neuburgo e Eleitor do Palatinado e, também, irmã de Maria Sofia de Neuburgo, segunda consorte de Pedro II de Portugal)
~
Maria Antónia de Áustria (falecida em 1692, que foi filha de Margarida Teresa de Áustria), casada (primeira consorte) com Maximiliano II, Eleitor da Baviera (posteriormente foi pai de Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império) e foram pais de José Fernando da Baviera (1692-1699)
&
José I, sacro imperador romano-germânico em 1705-1711 (sucessor do pai no trono, que foi filho de Leonor Madalena de Neuburgo), pai de Maria Josefa de Áustria (casada com Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia, com descendência) e de Maria Amália de Áustria (casada com Carlos Alberto da Baviera, Eleitor da Baviera, rei da Boémia, depois Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império em 1742-1745, depois do imperador Carlos VI e antes do imperador Francisco I)
&
Maria Isabel de Áustria, arquiduquesa da Áustria e governadora dos Países Baixos
&
Maria Ana de Áustria, rainha consorte do primo direito João V de Portugal (filho de Maria Sofia de Neuburgo)
&
Carlos VI, sacro imperador romano-germânico em 1711-1740, último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa (Guerra da Sucessão da Áustria, 1740-1748), pai de Maria Teresa de Áustria (imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria, casada com Francisco Estêvão de Lorena, o imperador Francisco I do Sacro Império em 1745-1765) e de Maria Ana de Áustria (casada com o príncipe Carlos Alexandre de Lorena, irmão do imperador Francisco I)






Imperador Carlos VI, o último descendente varão da casa de Áustria
Os últimos Habsburgo do Sacro Império Romano-Germânico

(Clicar na imagem para ampliar)




O imperador Carlos VI de Áustria, do Sacro Império, foi o último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa no trono imperial. Com a morte do imperador e a recusa de alguns de adesão à Pragmática Sanção de 1713, seguiu-se a Guerra da Sucessão da Áustria (1740-1748) e a subida ao trono do imperador Carlos VII da Baviera, da dinastia de Wittelsbach.




O imperador do Sacro Império da casa de Wittelsbach

… depois de 288 anos de domínio da casa de Áustria do trono imperial…

Depois de 288 anos de domínio da casa de Áustria do trono imperial foi eleito imperador um membro da casa de Wittelsbach.

Carlos VII da Baviera
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1742-1745

Carlos Alberto da Baviera, Eleitor da Baviera (1726-1745), rei da Boémia (1741-1743), depois Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império (1742-1745).


Leopoldo I de Áustria e Leonor Madalena de Neuburgo
~
imperador José I, pai de Maria Josefa de Áustria (casada com Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia, com descendência) e Maria Amália de Áustria (casada com Carlos Alberto da Baviera, Eleitor da Baviera, rei da Boémia, depois Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império)
&
imperador Carlos VI, pai de Maria Teresa de Áustria (casada com Francisco Estêvão de Lorena, o imperador Francisco I, do Sacro Império) e Maria Ana de Áustria (casada com o príncipe Carlos Alexandre de Lorena)


Carlos VII da Baviera e Maria Amália de Áustria
~
Maria Antónia da Baviera (casada com o primo direito Frederico Cristiano, príncipe-eleitor da Saxónia, príncipe da Polónia, filho de Frederico Augusto II da Saxónia e irmão de Maria Ana)
&
Maximiliano III, Eleitor da Baviera (em 1745-1777), casado com a prima direita Maria Ana da Saxónia, sem descendência; a morte de Maximiliano III levou à Guerra da Sucessão da Baviera (1778-1779), que opôs os arquiduques da Áustria ao reino da Prússia, Eleitorado da Saxónia e Eleitorado da Baviera
&
Maria Josefa da Baviera, casada com José II, sacro imperador romano-germânico, sem descendência




Os imperadores sucessores de Francisco I de Lorena e Maria Teresa de Áustria (herdeiros de Carlos VI de Áustria)

Os sucessores (Habsburgo-Lorena) de Francisco I de Lorena e Maria Teresa de Áustria (herdeiros de Carlos VI de Habsburgo) no Sacro Império Romano-Germânico (até 1806), no Império da Áustria (1804-1867) e no Império Austro-Húngaro (1867-1918).

Francisco I de Lorena
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1745-1765

Francisco III, duque de Lorena em 1729-1736, grão-duque da Toscana em 1737-1765, imperador do Sacro Império em 1745-1765. Casou em 1736 com Maria Teresa de Áustria (1717-1780), filha de Carlos VI, sacro imperador romano-germânico.

Maria Teresa de Áustria, imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria

Com a morte do imperador Carlos VI do Sacro Império, em Outubro de 1740, a linhagem masculina da dinastia de Habsburgo extingue-se. A Pragmática Sanção de 1713 promulgada por Carlos VI, que previa, na monarquia austríaca, a descendência feminina na ausência de herdeiros masculinos, permitiu a sucessão da filha, Maria Teresa de Áustria, na monarquia da Áustria e também nos reinos da Boémia (excepto de 1741 a 1743, quando a Boémia foi governada por Carlos Alberto da Baviera), Hungria e Croácia e em vários ducados e condados, de 1740 até 1780.

Em Novembro de 1740, Maria Teresa, rainha da Hungria e Boémia, arquiduquesa da Áustria promove o marido, Francisco Estêvão de Lorena, grão-duque da Toscana, a co-governante dos seus territórios da monarquia austríaca.


Leopoldo I, imperador do Sacro Império Romano-Germânico
~
imperador Carlos VI
~
Maria Teresa de Áustria, imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria (com o imperador Francisco I)


Francisco I e Maria Teresa, imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
~
José II, sacro imperador romano-germânico
&
Maria Amália de Áustria (casada com Fernando I, duque de Parma)
&
Leopoldo II, sacro imperador romano-germânico (sucedeu ao irmão José II)
&
Maria Carolina de Áustria (casada com Fernando IV de Nápoles)
&
Fernando Carlos de Áustria, arquiduque da Áustria, duque titular de Modena e Regio, duque de Brisgóvia (Breisgau), casado com Maria Beatriz de Este (filha e herdeira de Hércules III de Este, duque de Modena e Regio), pais de Francisco IV de Áustria-Este, duque de Modena e Regio
&
Maria Antonieta de Áustria (casada com Luís XVI da França)



José II de Habsburgo-Lorena
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1765-1790


Leopoldo II de Habsburgo-Lorena (irmão e sucessor de José II)
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1790-1792
Grão-duque Pedro Leopoldo I da Toscana em 1765-1790 (sendo sucedido pelo filho, grão-duque Fernando III).


Leopoldo II de Habsburgo-Lorena, sacro imperador romano-germânico e Maria Luísa de Bourbon (filha de Carlos III de Espanha e Maria Amália da Saxónia)
~
Maria Teresa Josefa de Áustria (com António da Saxónia, rei da Saxónia, estado membro da Confederação Germânica em 1815-66, sob hegemonia austríaca)
&
Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico, como Francisco II, e primeiro imperador da Áustria
&
Fernando III de Áustria, grão-duque da Toscana
&
arquiduque Carlos de Áustria, duque de Teschen (com descendência)
&
José de Áustria, Palatino da Hungria (arquiduque José António, com descendência)
&
Maria Clementina de Áustria (com Francisco I das Duas Sicílias)
&
Rainer de Áustria (pai de Maria Adelaide de Áustria, que casou com o rei Vítor Manuel II de Itália, depois pais de Humberto I de Itália, Amadeu I de Espanha e Maria Pia de Sabóia), vice-rei do reino Lombardo-Véneto (estado unido ao Império da Áustria na pessoa do soberano)



Francisco I da Áustria, antes Francisco II
Último imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1792-1806, como Francisco II de Habsburgo-Lorena (neto de Francisco I)

Francisco I da Áustria reinou de 1792 (ao assumir o trono do Sacro Império) até morrer, em 1835 (no trono austríaco).

Francisco I da Áustria, como primeiro imperador da Áustria em 1804, até 1835. Foi também presidente da Confederação Germânica em 1815-1835.


Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico (Francisco II em 1792-1806) e primeiro imperador da Áustria (em 1804-1835; casa de Áustria, Habsburgo-Lorena, do Império da Áustria, estado que surgiu em 1804), presidente da Confederação Germânica (em 1815-1835) e a prima direita Maria Teresa de Nápoles (filha de Fernando I das Duas Sicílias)
~
Maria Luísa de Áustria (com Napoleão Bonaparte, depois pais de Napoleão II da França)
&
Fernando I da Áustria, imperador da Áustria, em 1835-1848, e presidente da Confederação Germânica (em 1835-1848)
&
Leopoldina de Áustria (com o rei Pedro IV de Portugal e imperador do Brasil)
&
Maria Clementina Francisca de Áustria (com o tio Leopoldo de Nápoles, depois pais de Maria Carolina Augusta de Bourbon e Duas Sicílias, esta casada com Henrique de Orleães, duque de Aumale)
&
Maria Carolina Fernanda de Áustria (com Frederico Augusto II da Saxónia, rei da Saxónia, que sucedeu ao tio António da Saxónia; filho do príncipe Maximiliano da Saxónia e irmão de João I, seu sucessor)
&
Francisco Carlos de Áustria (pai de Francisco José I, sucessor do tio Fernando I, e de Maximiliano de Áustria, depois imperador Maximiliano I do México, este foi noivo de Maria Amélia de Bragança, princesa do Brasil, filha de Pedro I)



Fernando I da Áustria
Monarca do Império da Áustria em 1835-1848 e presidente da Confederação Germânica (1835-1848)


Francisco José I da Áustria (sobrinho e sucessor de Fernando I)
Monarca do Império da Áustria (até 1867, passando a uma monarquia dualista) e do Império Austro-Húngaro de 1848 até 1916 e presidente da Confederação Germânica (1850-1866)


Francisco I e Maria Teresa, imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
~
Leopoldo II, sacro imperador romano-germânico (sucedeu ao irmão José II)
~
Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico, como Francisco II, e primeiro imperador da Áustria (sucedido pelo filho Fernando I, imperador da Áustria)
~
Francisco Carlos de Áustria (irmão do imperador Fernando I, que não teve descendência e foi sucedido pelo sobrinho Francisco José I)
~
Francisco José I da Áustria, imperador austro-húngaro (imperador do Império da Áustria que em 1867 se torna numa monarquia dualista até 1918, o Império Austro-Húngaro, Reinos e Terras representados no Conselho Imperial e as Terras da húngara Coroa de Santo Estêvão, imperador da Áustria e rei da Hungria), em 1848-1916, e presidente da Confederação Germânica (em 1850, depois das revoluções de 1848, até à dissolução da confederação em 1866, após a vitória do reino da Prússia na Guerra Austro-Prussiana)
&
Maximiliano de Áustria, depois imperador Maximiliano I do México
&
arquiduque Carlos Luís de Áustria (casado por três vezes, com Margarida da Saxónia, sem descendência, filha de João I da Saxónia, rei da Saxónia, com Maria Anunciada de Bourbon e Duas Sicílias, filha de Fernando II das Duas Sicílias, com quem teve quatro filhos e, finalmente, com Maria Teresa de Bragança, em 1873, filha de Miguel I de Portugal, com quem teve duas filhas, Maria Anunciada de Áustria e Isabel Amália de Áustria, arquiduquesa da Áustria e princesa de Liechtenstein), avô de Carlos I da Áustria











Os últimos Habsburgo reinantes (séc. XVIII-XX)
Casa de Áustria (Habsburgo / Habsburgo-Lorena)


(Clicar na imagem para ampliar)





Carlos I da Áustria (sobrinho-neto e sucessor de Francisco José I)
Último monarca do Império Austro-Húngaro em 1916-1918


arquiduque Carlos Luís de Áustria (1833-1896; irmão de Francisco José I da Áustria) e Maria Anunciada de Bourbon e Duas Sicílias (filha de Fernando II das Duas Sicílias)
~
Francisco Fernando de Áustria (1863-1914), herdeiro do trono austro-húngaro após a morte do primo direito arquiduque Rodolfo, filho único do imperador Francisco José I (e da imperatriz Sissi)
&
Oto Francisco de Áustria (1865-1906), casado com Maria Josefa da Saxónia, filha de Jorge I da Saxónia e de Maria Ana de Bragança e neta materna de Maria II de Portugal (portanto, irmã do último rei da Saxónia, Frederico Augusto III), foram pais de Carlos I, último imperador austro-húngaro, que se tornou o sucessor do tio-avô Francisco José I em 1914, após o assassinato do tio arquiduque Francisco Fernando (e esposa) em Saraievo, o que serviu de pretexto para o início da I Guerra Mundial



Francisco I da Áustria, imperador da Áustria
~
Francisco Carlos de Áustria (irmão do imperador Fernando I)
~
arquiduque Carlos Luís de Áustria (irmão do imperador Francisco José I)
~
Oto Francisco de Áustria (com Maria Josefa da Saxónia, foram pais de Carlos I e do arquiduque Maximiliano Eugénio de Áustria, ambos com descendência)
~
Carlos I da Áustria (1887-1922; Beato Carlos da Áustria), último imperador austro-húngaro, em 1916-1918 (dissolução do Império Austro-Húngaro, após a I Guerra Mundial), casou em 1911 com Zita de Bourbon e Parma (filha de Roberto I de Parma e Maria Antónia de Bragança e neta materna de Miguel I de Portugal) e foram pais de 5 filhos e 3 filhas
~
arquiduque Oto de Áustria (1912-2011), herdeiro do trono austro-húngaro em 1916-1918 (Oto de Habsburgo, Otto von Habsburg, também Otão de Habsburgo-Lorena, Otto Habsburg-Lothringen), casado com Regina da Saxónia-Meiningen, filha de Jorge da Saxónia-Meiningen (chefe da Casa da Saxónia-Meiningen, como Jorge III; neto de Jorge II, duque da Saxónia-Meiningen), o casal teve 5 filhas e 2 filhos
~
Carlos de Habsburgo-Lorena (pai de 2 filhas e de Fernando de Habsburgo-Lorena, Ferdinand Zvonimir Habsburg-Lothringen)



Carlos I da Áustria e Zita de Bourbon e Parma foram os últimos imperadores austro-húngaros, em 1916-1918 (pais do arquiduque Oto de Áustria). Em 1918 ocorre a dissolução do Império Austro-Húngaro, após a I Guerra Mundial.





Note-se que os casamentos e filhos apresentados não são exclusivos.
O sinal (~) representa: «filhos entre outros».

Sinal gráfico (&) usado para substituir a conjunção «e» (representa a conjunção latina et).


5 comentários:

LANA_CAPRINA disse...

Rei dos Romanos, na Germânia


Rodolfo I da Germânia, («imperador do Sacro Império»), conde de Habsburgo e duque da Áustria

Rodolfo I foi eleito “Rei dos Romanos”, governando a Germânia, em 1273-1291, mas não foi coroado imperador do Sacro Império Romano-Germânico.

Rodolfo I da Germânia foi o primeiro da casa de Áustria como “Rei dos Romanos”.



Alberto I da Germânia, («imperador do Sacro Império») e duque da Áustria

Alberto I foi eleito “Rei dos Romanos”, governando a Germânia, em 1298-1308, mas não foi coroado imperador do Sacro Império Romano-Germânico.





Sacro Império Romano-Germânico (em latim, “Sacrum Romanum Imperium” e em alemão, “Heiliges Römisches Reich, HRR”), 962-1806 (Primeiro Reich)



Interregno, 1250-1273/1312:

No Sacro Império Romano-Germânico de 1250 (morte de Frederico II) a 1312 (com Henrique VII) não foram coroados imperadores (62 anos), como consequência de diversas disputas pela posse da coroa imperial (formalmente, um título electivo).

Entre 1250 e 1273 não foi unanimemente eleito nenhum rei na Germânia (até à eleição de Rodolfo I da Germânia, como “Rei dos Romanos”).

E entre 1273 e 1312, os reis na Germânia não foram coroados imperadores, detendo apenas o título de “Rei dos Romanos”.



imperadores do Sacro Império (reinado):

• Otão I, “o Grande” (962-973)
• Otão II (973-983)
• Otão III (996-1002)
• Henrique II (1014-1024)
• Conrado II (1027-1039)
• Henrique III (1046-1056)
• Henrique IV (1084-1106)
• Henrique V (1111-1125)
• Lotário III (1133-1137)
• Frederico I (1155-1190)
• Henrique VI (1191-1197)
• Otão IV (1209-1218)
• Frederico II (1220-1250)
Interregno (1250-1273/1312)

• Henrique VII (1312-1313)
• Luís IV (1328-1347)
• Carlos IV (1355-1378)
• Segismundo (1433-1437)
• Frederico III (1452-1493)
(…)

LANA CAPRINA disse...

Rei dos Romanos, na Germânia

(…)

1273-1291: Rodolfo I da Germânia, “rei dos Romanos” (rei da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico), conde de Habsburgo e duque da Áustria (obtém os ducados da Áustria e da Estíria)

1292-1298: Adolfo da Germânia, “rei dos Romanos” (rei da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico) e conde de Nassau

1298-1308: Alberto I da Germânia, “rei dos Romanos” (rei da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico) e duque da Áustria (filho de Rodolfo I da Germânia)

(Henrique VII, imperador do Sacro Império…)




Rodolfo I da Germânia, Adolfo da Germânia e Alberto I da Germânia foram “reis dos Romanos” (reis da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico) de 1273 a 1308, sem serem coroados imperadores do Sacro Império.

Rodolfo I e Alberto I, pai e filho, são reis da casa de Áustria (ou de Habsburgo) e Adolfo da Germânia, rei da casa de Nassau.



Adolfo da Germânia (Adolfo de Nassau), “rei dos Romanos” (rei da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico), em 1292-1298, e conde de Nassau



Frederico III de Habsburgo, imperador do Sacro Império (em 1452-1493) e arquiduque da Áustria, foi trineto de Alberto I da Germânia.

LANA CAPRINA disse...

O imperador Frederico III do Sacro Império, arquiduque da Áustria, usou o lema simbólico esotérico «AEIOU».

AEIOU, lema ambicioso do imperador Frederico III da casa de Áustria:
"Austria est imperare orbi universo" (AEIOU), cabe à Áustria governar o mundo.

LANA CAPRINA disse...

O último rei da dinastia de Habsburgo em Espanha


Fernando II de Aragão (1452-1516) e Isabel I de Castela (1451-1504), “Reis Católicos”
~
Joana I de Espanha (1479-1555), casada com Filipe I de Castela (pais dos imperadores Carlos V e Fernando I e, também, de Catarina de Áustria, rainha consorte do primo direito João III de Portugal)
...
Carlos II de Espanha, o último rei da dinastia de Habsburgo em Espanha (Guerra da Sucessão Espanhola, em 1701-1713/15)



Joana I de Espanha, “a Louca”, reinou em 1504-1555 (reinou com o pai Fernando II de Aragão, o esposo Filipe I de Castela e o filho Carlos I de Espanha), casada com
Filipe I de Castela, “o Belo” (Filipe de Áustria), rei de Castela em 1506 (com a esposa Joana I), que foi filho do imperador Maximiliano I do Sacro Império (da dinastia de Habsburgo) e da duquesa Maria de Borgonha
~
imperador Carlos V, rei de Espanha (no trono espanhol em 1516-1556)
~
Filipe II de Espanha e I de Portugal, "o Prudente" (no trono espanhol em 1556-1598 e no português desde 1580/81)
~
Filipe III de Espanha e II de Portugal, "o Pio" (em 1598-1621)
~
Filipe IV de Espanha e III de Portugal, "o Grande", rei de Espanha (em 1621-1665), rei de Portugal até 1640 (restauração da independência com João IV)
~
Carlos II de Espanha (regência da mãe, Mariana de Áustria, em 1665-1675), o último rei da dinastia de Habsburgo em Espanha de 1665 a 1700
(a endogamia contribuiu para a extinção dessa dinastia); foi sucedido por Filipe V de Espanha, fundador da dinastia Bourbon em Espanha (também rei de Nápoles e da Sicília),
neto de Luís XIV da França, em disputa do trono espanhol (Guerra da Sucessão Espanhola, em 1701-1713/15) com o imperador Carlos VI de Áustria, que também foi no Sacro Império o último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa



Carlos II de Espanha (casa de Áustria) foi casado em primeiras núpcias com Maria Luísa de Orleães (falecida em 1689; sendo primos o seu pai e marido, netos de Filipe III de Espanha), sobrinha de Luís XIV da França e, em
segundas núpcias, com Maria Ana de Neuburgo, irmã da imperatriz Leonor Madalena de Neuburgo (terceira e última consorte do imperador Leopoldo I do Sacro Império e mãe dos imperadores José I e Carlos VI),
mas não teve descendência



Luís XIII (de Bourbon), rei da França e Navarra em 1610-1643, casado com Ana de Áustria (filha de Filipe II, rei de Portugal e III de Espanha), que foi regente do filho Luís XIV
~
Filipe, duque de Orleães (irmão de Luís XIV da França), foi casado em primeiras núpcias com Henriqueta Ana Stuart de Inglaterra (filha de Carlos I e irmã de Carlos II e Jaime II de Inglaterra), pais de Maria Luísa e Ana Maria e, ainda, casado em segundas núpcias com Isabel Carlota do Palatinado (filha do Eleitor do Palatinado), pais do duque Filipe II e de Isabel Carlota
~
Maria Luísa de Orleães (falecida em 1689), rainha de Espanha, consorte de Carlos II de Espanha (sem descendência)



Filipe Guilherme, duque e conde palatino do Palatinado-Neuburgo e Eleitor do Palatinado (teve vasta descendência; membro da dinastia de Wittelsbach)
~
imperatriz Leonor Madalena de Neuburgo, terceira consorte do imperador Leopoldo I do Sacro Império
&
João Guilherme, Eleitor do Palatinado
&
Carlos III Filipe, Eleitor do Palatinado
&
rainha Maria Sofia de Neuburgo, segunda consorte de Pedro II de Portugal
&
rainha Maria Ana de Neuburgo, segunda consorte de Carlos II de Espanha
&
Doroteia Sofia de Neuburgo, consorte de Eduardo Farnésio, príncipe herdeiro de Parma (pais de Isabel Farnésio) e de Francisco Farnésio, duque de Parma; portanto, mãe de Isabel Farnésio, princesa de Parma (enteada e sobrinha do príncipe Francisco Farnésio, duque de Parma; herdeira do Ducado de Parma), rainha consorte de Filipe V de Espanha (segunda consorte e, ainda, mãe do rei Carlos III de Espanha)
&
Hedviges Isabel de Neuburgo, consorte de Jaime Luís Sobieski, o príncipe herdeiro do rei João III da Polónia

LANA CAPRINA disse...

O último rei da dinastia de Habsburgo em Espanha
[parte II]


Carlos II de Espanha, casado em primeiras núpcias com Maria Luísa de Orleães e, em segundas núpcias, com Maria Ana de Neuburgo, irmã da imperatriz Leonor Madalena de Neuburgo (terceira e última consorte do imperador Leopoldo I do Sacro Império e mãe dos imperadores José I e Carlos VI),
mas não teve descendência



Leopoldo I de Áustria, imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1658-1705, foi casado em primeiras núpcias com a sobrinha (e prima direita materna), Margarida Teresa de Áustria,
infanta de Espanha (filha de Filipe IV de Espanha e, também, irmã consanguínea de Carlos II de Espanha, o último rei da dinastia de Habsburgo em Espanha falecido em 1700 – Guerra da Sucessão Espanhola, 1701-1713/15), em segundas núpcias com Cláudia Felicidade de Áustria (também uma membro da Casa de Áustria) e, ainda, em terceiras núpcias com Leonor Madalena de Neuburgo (filha de Filipe Guilherme, duque e conde palatino do Palatinado-Neuburgo e Eleitor do Palatinado e, também, irmã de Maria Sofia de Neuburgo, segunda consorte de Pedro II de Portugal)
~
Maria Antónia de Áustria (falecida em 1692, filha de Margarida Teresa de Áustria), foi primeira consorte de Maximiliano II, Eleitor da Baviera (que posteriormente foi pai de Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império em 1742-1745) e foram pais de José Fernando da Baviera (1692-1699), herdeiro do Eleitorado da Baviera (órfão de mãe ainda bebé, o príncipe faleceu em 1699, com 6 anos), neto único de Margarida Teresa de Áustria e, portanto, herdeiro do tio-avô, Carlos II de Espanha
&
José I, sacro imperador romano-germânico em 1705-1711 (sucessor do pai no trono e que foi filho de Leonor Madalena de Neuburgo), pai de Maria Josefa de Áustria (casada com Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia, com descendência) e de Maria Amália de Áustria (casada com Carlos Alberto da Baviera, Eleitor da Baviera, rei da Boémia, depois Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império em 1742-1745, depois do imperador Carlos VI e antes do imperador Francisco I)
&
Maria Isabel de Áustria, arquiduquesa da Áustria e governadora dos Países Baixos
&
Maria Ana de Áustria, rainha consorte do primo direito João V de Portugal (filho de Maria Sofia de Neuburgo)
&
Carlos VI, sacro imperador romano-germânico em 1711-1740, último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa (Guerra da Sucessão da Áustria, 1740-1748), pai de Maria Teresa de Áustria (imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria, casada com Francisco Estêvão de Lorena, o imperador Francisco I do Sacro Império em 1745-1765) e de Maria Ana de Áustria (casada com o príncipe Carlos Alexandre de Lorena, irmão do imperador Francisco I)